Vejo tudo azul...
sei que me achas tola
posso ver isto em teus olhos
em teu sorriso falso
disfarçado de falsa intenção
E vejo tudo azul...
não um azul belo e alegre
como céu em dia ensolarado
mas um azul profundo e obscuro
de uma quase tangível dor
Tão e somente azul...
um pouco molhado e borrado
Não me toques!
Já não basta viver perdida em tuas mentiras,
Devo perder-me em teus braços?
Um azul quase negro...
Tuas honradas imperfeitas palavras
Apenas mascaram teu maior receio
O medo de ti mesmo
Pavor de teu provável fracasso
Meu fracasso
Um azul cor do mar...
Mar em dia de ressaca
Que me traga com força
Uma força invisível, invencível
E eu me afogo sem lutar
Azul...
Por estúpida promessa minha
Transformo-o em paciência e calma
Para que possas repousar tua alma
Em meu frágil coração
Vejo tudo azul...
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