terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha Laila

Algumas vezes, quando paramos por um segundo e pensamos no que realmente nos agrada, ficamos assustados por acreditar que não amamos nada, que não nos dedicamos a nada. Mas não percebemos que quando olhamos para nós, procuramos amores de cinema, daqueles que fazem com que nossa respiração seja quase impossível e nosso coração aperte tanto que aparenta estar a ponto de explodir, quando, na verdade, o amor que importa é aquele mais simples. Sem rótulos e idealizações.
Eis um ser que eu amo sem esforço algum e que me faz feliz apenas por existir. 

                                                                                                                          
Não precisamos de cores nem de um paisagem deslumbrante aos olhos para nos amarmos na intensidade que podemos.  

domingo, 28 de novembro de 2010

Let it be

Novos hábitos, algumas vezes parecem desnecessários, em alguns momentos realmente o são, mas a rejeição a eles, em sua maioria são amostras de comodismo. Alguém aqui quer se arriscar a jogar o que é garantido apenas por arriscar? Bem, honestamente não desejo isso, mas mudar é algo tão incerto que pode se tornar a coisa mais atraente de mundo.É mesmo uma pena termos que chegar ao fundo do poço para perceber que não somos mais os mesmo e que insistir no velho é sinal de estupidez. Sem moral alguma, sem valor. O pior sentimento que alguém pode ter é vergonha ao olhar-se no espelho, mesmo sem ter cometido um erro qualquer, mas pelo simples fato de olhar para si mesmo e não enxergar a pessoa que deveria estar ali. Desapontar alguém é mais terrível do que sentir-se desapontado, mas quando falhamos com nós mesmos não temos a pior sensação de todas, não sentimos nada. Abre-se no peito um imenso vazio. E, como se todos os órgãos vitais tivessem sido arrancados da maneira mais cruel possível, respiramos com dificuldade, não sentimos nosso próprio coração bater no lugar devido. Não sentimos. E posso garantir, por várias auto-sabotagens, não sentir nada é mil vezes pior do que sentir a dor mais terrível de todas, pois só sentindo é que temos a certeza de que estamos vivos. Vivos dentro de nós mesmos. Mas como diz a música que dá o título desse post: deixa estar, deixa estar, haverá uma resposta, deixa estar. Talvez a única solução seja deixar o novo entrar e não se prender ao conforto do conhecido.


E como apenas aprendendo com o passado é que nos tornamos fortes o suficiente para aguentar o novo...



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sorte minha!

Nunca acreditei em predestinação e sempre defendi a idéia de que a nossa sorte depende apenas de nossas escolhas. Acredito que sorte é, na verdade, o resultado de seguir caminhos inteligentes. Mas como tudo aquilo que parece certo demais, minha fé é constantemente testada. Após passar duas vezes por debaixo de uma escada nessa semana, tudo que não dava certo me fazia lembrar desse fato. Bobagem, só podia ser isso, eu nunca acreditei nessas coisas. E então tudo muda e meu desespero se mostra estupidez. Tudo era questão de me manter calma e olha com mais cuidado os meus próprios erros. Quando respirei fundo e fiz isso, percebi que me deixei levar pela afobação e, como tudo estava dando errado, eu buscava explicações nada lógicas. Então, que me desculpem os adeptos ao misticismo, mas a razão se fez presente novamente, assim digo mais uma vez, sorte e acaso podem existir sim, mas o nosso destino não está escrito em lugar algum!






E para não dizerem que sou cética, essa é a minha música do dia. (yn)

http://www.youtube.com/watch?v=nIjVuRTm-dc

sábado, 13 de novembro de 2010

Alex, em qualquer idade me faz suspirar

Acabou-se a fase azul e se inicia a fase rosa, posso assim dizer se é que sou digna de me comparar a um artista como aquele. Mas o que importa é que não há mais melancolia, não em forma exagerada e quase totalitária. E que fique claro, só não mudarei a fachada do blog, pois essas galinhas azuis me deixam loucas!

Uma fase nova nos traz perspectivas diferentes. Meu ódio por crianças- veja bem, não as odiava de fato, mas mantinha uma distância "segura" delas- sumiu. Não completamente, ainda tenho um certo receio em relação a elas, confesso. Mas vejo como crianças são completamente simples e incompreensíveis ao mesmo tempo, uma complexidade digna de Freud, eu diria.
Como eu pretendo ter filhos um dia e percebo como meus pais se desdobram sem parar para dar conta de mim, começo agora a tentar entender, o máximo possível, essas criaturinhas que me apavoram- ou apavoravam- mais do que tudo. E nada mais justo do que compartilhar o motivo da minha mudança de idéia e, admito, ao ver essa foto soltei aquele famoso "ooown".







 Y viva la evolución!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Armadura

Peço desculpas, a mim mesma, por não perceber que somos metamorfoses ambulantes, com dizia uma música ao longe. Não mudo meus ideais, mas sou capaz de mudar meus objetivos se assim for melhor. Peço desculpas a você, por não ser capaz o suficiente de ir até o fim. Deixo que minhas armas caiam aos meus pés cansados, levanto minhas mãos em gesto de desistência e permito que me levem. Não luto mais. Luto apenas por mim. Para sobreviver a mim mesma, para sair ilesa de quando desabar. Sem dúvida alguma, nada machuca mais do que uma ilusão que cai aos pedaços sobre nossa cabeça. Então, para sobreviver, farei aquilo que alguns não foram capazes. Terei coragem. Sigo em frente, pois não posso esperar que o inimigo tenha piedade, se ele não faz idéia de que é esse seu papel em minha vida.
Apenas perco meu sono imaginando se sua armadura protege o suficiente.


Reaja, homem.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Minh' alma

 Procurei sem parar a definição para a mais nova sensação em minha vida. Foi, então, que percebi que o que havia de novo não era o sentimento, mas a forma como ele se apresentou. A tristeza veio desassociada da decepção. Veio a mim junto com o choque, com a surpresa. E o mais chocante disso tudo foi o fato de não ter derramado uma lágrima sequer. Eu já estava preparada para o pior, já não tinha nenhuma esperança. Assim foi melhor... é o que digo a mim mesma para enfrentar os dias. Porém, como se tudo já não fosse complicado demais, minha consciência me faz um enorme favor. Grita, esperneia e me cobra aquilo que prometi. Prometi paciência, prometi esperar e aceitar o que viesse, por pior que fosse. Prometi que não o deixaria, que jamais o abandonaria, pois não sou igual a todos. Não em relação a ele. Então, paciente devo esperar por uma luz, algum gesto que me ilumine, me diga qual caminho seguir. Confesso que não é uma tarefa fácil, mas tenho em mente uma frase simples, mas que faz todo o sentido. Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Então, querido, saibas que és especial demais para que alguém desista de ti. Para que eu desista de ti.




  http://www.youtube.com/watch?v=HpgFdYm7EAY&feature=related


A meus poetas, companheiros das noites e dos desvarios.