segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Noite
Depois de passar vários dias no meio de inúmeras pessoas, confirmei aquilo que já me foi dito antes, quantidade não é qualidade. Quanto mais rostos diferentes passavam por mim maior ia se tornando a sensação de vazio, e mesmo aqueles que já me eram familiares não ajudavam a afastar esse sentimento. Só deixavam evidente aquilo que eu não queria assumir, vivi momentos com aquelas pessoas, mas esqueci de sentir. Então o que me restava era a quase apagada lembrança de um passado não muito distante. Memórias que minha mente insistia em tentar ressuscitar como ato reflexo num momento de desespero, evitando a inevitável queda no abismo. Tentando sem resultado impedir que aquela horrível e conhecida falta de ar tomasse conta do corpo. Corpo igual ao de defunto, pois os órgãos vitais pareciam que dali haviam sido arrancados de forma brutal, sem chance nenhuma de proteção. Por mais que me envolvesse em meus próprios braços na tentativa falha de me reconstruir, o buraco aumentava sem cessar. A solidão se arrastava pelo quarto escuro e sua presença me apavorava assim como o escuro faz na imaginação das crianças tomadas de inocência. Quando me vi rogando aterrorizada para que aquela noite acabasse, percebi que não era o fato de não ter alguém ao lado durante a noite que causava a dor, mas a certeza de que não teria ninguém ali no dia seguinte.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Banana
Demorei tanto para dizer que deixei de sentir.
Odeio banana, mas comi duas e sobrevivi.
Posso continuar sem esse sentimento, nem sei se ele era mesmo real.
O amor é o ponto fraco das pessoas.
Agora entendo como se sente.
Sou uma banana.
Eu sei, não faz sentido.
Agora você sabe como eu me sinto.
Odeio banana, mas comi duas e sobrevivi.
Posso continuar sem esse sentimento, nem sei se ele era mesmo real.
O amor é o ponto fraco das pessoas.
Agora entendo como se sente.
Sou uma banana.
Eu sei, não faz sentido.
Agora você sabe como eu me sinto.
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